Quotidiano
As nuvens esconderam o sol da manhã. Devo começar a redigir um relatório sobre uma figura execrável... entre outros textos.
Por ser tão a propósito, só me apetece reproduzir mais um poema de Fernando Pessoa, do livro há pouco citado:
A nuvem veio e o sol parou
Foi vento ou ocasião que a trouxe?
Não sei: a luz se nos velou
Como se a luz a sombra fosse.
Às vezes, quando a vida passa
Por vezes sobre a alma que é ninguém,
A sensação torna-se baça
E pensar é não sentir bem.
Sim, é como isto: pelo céu
Vai uma nuvem destroçada
Que é véu,
mau véu, ou quase véu,
E, como tudo, não é nada.
Fernando Pessoa, op.cit. p. 114.
As nuvens esconderam o sol da manhã. Devo começar a redigir um relatório sobre uma figura execrável... entre outros textos.
Por ser tão a propósito, só me apetece reproduzir mais um poema de Fernando Pessoa, do livro há pouco citado:
A nuvem veio e o sol parou
Foi vento ou ocasião que a trouxe?
Não sei: a luz se nos velou
Como se a luz a sombra fosse.
Às vezes, quando a vida passa
Por vezes sobre a alma que é ninguém,
A sensação torna-se baça
E pensar é não sentir bem.
Sim, é como isto: pelo céu
Vai uma nuvem destroçada
Que é véu,
mau véu, ou quase véu,
E, como tudo, não é nada.
Fernando Pessoa, op.cit. p. 114.
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