História da Filosofia Moderna

A Gnosiologia de Hobbes (Westport ,1588- Hardwick, 1679)
e as Objecções a Descartes (3)


Relativamente à primeira Meditação Hobbes apresentou apenas uma objecçao. Apesar de reconhecer a verdade intrìnseca à mesma, O inglês censurou a Descartes, "este excelente autor de novas especulações" o entreter-se repensando questões tão velhas como sejam a incerteza quanto aos dados da percepção sensível ou a dificuldade no discernimento entre o sono e o estado de vigília, problemas estes já abordados por Platão e demais filósofos anteriores e posteriores ao mesmo.
Descartes ao respoder-lhe, escalereceu-o definindo o carácter introdutório da primeira meditação que funcionaria como propedêutica. Ao apresentar aquelas razões para duvidar, não pretendia ser original ou obter glória, tencionava apenas preparar o espírito dos leitores de modo a alertá-los para a distinção existente entre as coisas corpóreas e as coisas intelectuais. As verdades enunciadas ao longo das Meditações deveriam ser fundamentadas de forma inequívoca, nem as dúvidas mais gerais as poderiam contradizer, obscurecer ou negar.
Se na primeira meditação, Descartes pretendia preparar o espírito dos leitores, introduzindo-os no contexto das Meditações seguintes e situá-los no cerne da temática. Na primeira parte da 2ª objecção Hobbes insinuou , subrepticiamente, o seu modo de pensar, preparando o terreno para expressar com clareza a sua posição acerca da natureza da coisa pensante e defender de forma inequívoca a materialidade da razão.

(Em construção ...)

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