Março=>Poesia
Na décima oitava manhã de Março apetecem as framboesas de um poema de Verão:
NATUREZA MORTA COM FRUTOS
1.
O sangue matinal das framboesas
escolhe a brancura do linho para amar.
2.
A manhã cheia de brilhos e doçura
debruça o rosto puro na maçã.
3.
Na laranja o sol e a lua
dormem de mãos dadas.
4.
Cada bago de uva sabe de cor
o nome dos dias todos do Verão.
5.
Nas romãs eu amo
o repouso no coração do lume.
Eugénio de Andrade, "Ostinato Rigore" in Antologia Breve, (Porto, Limiar, 1985), pp.63-64
Na décima oitava manhã de Março apetecem as framboesas de um poema de Verão:
NATUREZA MORTA COM FRUTOS
1.
O sangue matinal das framboesas
escolhe a brancura do linho para amar.
2.
A manhã cheia de brilhos e doçura
debruça o rosto puro na maçã.
3.
Na laranja o sol e a lua
dormem de mãos dadas.
4.
Cada bago de uva sabe de cor
o nome dos dias todos do Verão.
5.
Nas romãs eu amo
o repouso no coração do lume.
Eugénio de Andrade, "Ostinato Rigore" in Antologia Breve, (Porto, Limiar, 1985), pp.63-64
Comentários