Março =>Poesia

Dois poemas para a quarta manhã de Março, com o sol a invadir o escritório:


Morrer de Amor


Morrer de amor
ao pé da tua boca

Desfalecer
à pele
do sorriso

Sufocar
de prazer
com o teu corpo

Trocar tudo por ti
se for preciso.


***

Culto

Reclusa, retomo sempre
e sempre reinvento
o meu nada absoluto

A partir de mim própria,
o que de mim oculto.


Maria Teresa Horta, Destino, (Lisboa, Quetzal Editores, 1998), pp. 42 e 85.

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