Taras e Manias :) (4)

Andar a pé é uma necessidade e um vício. Adoro calcorrear Lisboa, por exemplo,* a pé, bem assim como os lugares que visito pela primeira vez. Quando a disposição é de alegria, extravazo o meu júbilo com uma bela caminhada, mas se a tristeza ou a ira tomarem conta de mim, nada como um longo passeio pedestre para me libertar de tão mesquinhas emoções.

Uma amiga chamava-me sargento, porque não escolho o piso mais adequado à marcha, e qualquer tipo de sapatos me serve, mesmo em cima de umas sandálias de 10 cm de cunha ou de uns sapatos ponteagudos de salto agulha, não hesito em percorrer quilómetros, sem me preocupar com o estado em que quer o calçado, quer os pés ficarão no fim do percurso.

As recordações mais românticas, no duplo sentido da palavra, também estão ligadas a passeios a pé. Nunca me esquecerei da caminhada entre a Lagoa e Ponta Delgada com o meu primeiro namorado**, das peregrinações para a praia, das deambulações pela serra da Lousã, ou por Coimbra, Viseu, Trondheim, e tantas outras.

Enfim, gostar de andar a pé é um requisito fundamental para me tomar de amores por alguém.

* Da Graça ao Rossio, de Alvalade ao Rossio, da Estrela ou do Rato à 24 de Junho, do Saldanha à Baixa, etc.
**Um Luis, claro ;)e depois de uma estadia numa discoteca com o execrável nome de Forno...

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