Nota prévia

O Savarin só me permite escrever sobre assuntos sérios. Por isso, enquanto ele não for viajar e permanecer por cá, não poderei publicar "doideiras".

Assim sendo, vou retomar os posts fastidiosos e presunçosos. Aqui vai disto:

Representações da mulher na obra de Egas Moniz (1)


No artigo, “A Geração Humana e as Doutrinas de Exeter,” Egas Moniz defendeu, abertamente, a inseminação artificial, mesmo no caso de mulheres solteiras ou divorciadas. Não porque tivesse uma concepção revolucionária do papel da mulher, como poderia parecer numa primeira abordagem, mas por considerar - conservadoramente - que o principal objectivo da vida da mulher seria a experiência da maternidade. Todo o seu organismo estaria vocacionado para essa função.(1)
Neste sentido afirmou:
“O homem é essencialmente sexual, a mulher é essencialmente mãe. Tudo o que se afaste disto é anormal.”
"A mulher está intimamente ligada à maternidade: é esta a missão que tem a desempenhar, para ela deve viver desveladamente, para ela deve dirigir todas as suas intenções e todos os seus cuidados, pois a ela se subordina todo o seu organismo.”
Na rapariga púbere o útero, que até aí se conservara quási num estado embrionário, torna-se um órgão importantíssimo para o qual converge todo o organismo, que parece não funcionar senão para ele. É que tudo está subordinado à concepção que a muher fica, depois da puberdade exposta.”
“A grande e verdadeira missão da mulher é a maternidade: Nenhuma outra preocupação a deve desviar do fim que para bem da espécie lhe foi confiado.” (2)

(1) Egas Moniz, “A Geração Humana e as Doutrinas de Exeter.” In: Conferências Médicas I, Lisboa, Portugália, 1945, p. 15.
(2) Egas Moniz, A Vida Sexual, Lisboa, Casa Ventura Abrantes, 1932, pp.5, 72 e 265.

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