Vivência do Tempo e Vigilância de Exames

Quando se desempenha a nobre missão de vigiar exames não se deve ler, nem conversar, nem dançar, nem ... para além de vigiar, distribuir folhas e assinar, só se pode pensar, pensar sobre o tempo que se dilui lentamente.

[Dir-se-ia que a qualquer momento a mente se irá desprender do corpo, principalmente, se as temperaturas forem muito elevadas, se dará um qualquer triunfo do espírito.]

E esta tarde pensei que tinha lido isto:

"O tempo é o modo como reconhecemos e descrevemos o movimento."


O tempo perde o sentido quando não se verificam alterações. Quando há uma situação em que não registamos nenhum movimento ou som, parece «que o tempo parou».

O tempo enquanto vivência humana não é uniforme nem reversível. O tempo não é experienciado como uma linha. Segundo Jean-Marc Lévy-Leblond: "É como uma corda composta de vários fios."

A esta hora estão a pensar: é para isto que o Estado lhe paga o salário, divagar e delirar, no decursos das provas?

Já me esquecia, também pensei nas receitas e histórias de Savarin...

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