Alerta Vermelho
Quero chamar a atenção, para as péssimas condições ambientais, em que muitos alunos realizam os exames nacionais. Esquece-se uma variável fundamental para a eficácia dos alunos e o seu concomitante sucesso: os graus de temperatura dos locais onde as provas são executadas. Em muitas escolas, e refiro-me em particular às escolas do interior do país, as salas onde decorrem os exames constituem verdeiros fornos, factor que, certamente, contribuírá para a diminuição e lentidão das sinapses dos examinandos. O objectivo deve ser esturricar os neurónios e secar os neurotransmissores dos estudantes portugueses ... talvez para os privar de espírito crítico.
Ainda hoje de manhã, na minha escola, uma funcionária - ou de acordo com a terminolgia institucional, auxiliar de acção educativa - teve que ir buscar água com açúcar para ministrar a um discente cuja tensão desceu, abissalmente, por efeito do calor excessivo.
Parece-me, ainda, que se geram situações de injustiça, pois há escolas com melhores condições materiais do que outras, cujos critérios de construção tiveram em conta as características climáticas do meio onde estão inseridas, outras estarão equipadas com ar condicionado.
Lembro-me que quando leccionei em Arraiolos, contava-se que aquando da inauguração da Escola Cunha Rivara, havia uns pequenos cubículos que suscitaram o espanto de todos, desconheciam, em absoluto, as suas funções. Alguns alvitraram que seriam uma espécie de minúsculas despensas para arrumações, não sabiam era do quê. Entretanto, o mistério foi desvendado. Os cubículos destinavam-se a guardar os skis !!! O projecto da escola era nórdico e não houve qualquer preocupação emm adaptá-lo à região alentejana. Aliás, grande parte das escolas do Alentejo foram construídas, a partir de planos oriundos da Escandinávia, sem o mínimo esforço de integração num meio envolvente, cujas características estão nas antípodas daquele em que os projectos foram criados.
Preocupo-me bastante com as péssimas condições materiais de muita escolas em Portugal, e com o facto de grande parte das reformas educativas serem o que eu designo por "reformas de papel", é sempre a estafada história de pretender fazer omoletes sem ovos.
Gostaria, de ver parte das verbas economizadas com todos os congelamentos anunciados nos salários e subidas de escalão da "classe docente", devidamente canalizadas, no sentido de modificar de forma positiva o ambiente físico de trabalho nas escolas, mesmo que fosse apenas em nome do aumento da produtividade, à velha maneira de Frederick Taylor, o qual mesmo defendendo que o trabalhador é, na generalidade, um indivíduo preguiçoso, limitado e mesquinho, preconizou que a diminuição da fadiga, o bem-estar do operário através do melhoramento das condições materiais de trabalho (ruído, ventilação, iluminação, conforto, etc) seriam essenciais para o aumento da sua eficiência.
Quero chamar a atenção, para as péssimas condições ambientais, em que muitos alunos realizam os exames nacionais. Esquece-se uma variável fundamental para a eficácia dos alunos e o seu concomitante sucesso: os graus de temperatura dos locais onde as provas são executadas. Em muitas escolas, e refiro-me em particular às escolas do interior do país, as salas onde decorrem os exames constituem verdeiros fornos, factor que, certamente, contribuírá para a diminuição e lentidão das sinapses dos examinandos. O objectivo deve ser esturricar os neurónios e secar os neurotransmissores dos estudantes portugueses ... talvez para os privar de espírito crítico.
Ainda hoje de manhã, na minha escola, uma funcionária - ou de acordo com a terminolgia institucional, auxiliar de acção educativa - teve que ir buscar água com açúcar para ministrar a um discente cuja tensão desceu, abissalmente, por efeito do calor excessivo.
Parece-me, ainda, que se geram situações de injustiça, pois há escolas com melhores condições materiais do que outras, cujos critérios de construção tiveram em conta as características climáticas do meio onde estão inseridas, outras estarão equipadas com ar condicionado.
Lembro-me que quando leccionei em Arraiolos, contava-se que aquando da inauguração da Escola Cunha Rivara, havia uns pequenos cubículos que suscitaram o espanto de todos, desconheciam, em absoluto, as suas funções. Alguns alvitraram que seriam uma espécie de minúsculas despensas para arrumações, não sabiam era do quê. Entretanto, o mistério foi desvendado. Os cubículos destinavam-se a guardar os skis !!! O projecto da escola era nórdico e não houve qualquer preocupação emm adaptá-lo à região alentejana. Aliás, grande parte das escolas do Alentejo foram construídas, a partir de planos oriundos da Escandinávia, sem o mínimo esforço de integração num meio envolvente, cujas características estão nas antípodas daquele em que os projectos foram criados.
Preocupo-me bastante com as péssimas condições materiais de muita escolas em Portugal, e com o facto de grande parte das reformas educativas serem o que eu designo por "reformas de papel", é sempre a estafada história de pretender fazer omoletes sem ovos.
Gostaria, de ver parte das verbas economizadas com todos os congelamentos anunciados nos salários e subidas de escalão da "classe docente", devidamente canalizadas, no sentido de modificar de forma positiva o ambiente físico de trabalho nas escolas, mesmo que fosse apenas em nome do aumento da produtividade, à velha maneira de Frederick Taylor, o qual mesmo defendendo que o trabalhador é, na generalidade, um indivíduo preguiçoso, limitado e mesquinho, preconizou que a diminuição da fadiga, o bem-estar do operário através do melhoramento das condições materiais de trabalho (ruído, ventilação, iluminação, conforto, etc) seriam essenciais para o aumento da sua eficiência.
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