Impressões aleatórias/dispersas do passado recente e remoto

Sábado, faz amanhã oito dias, passei pela praia, onde exibi a minha brancura de lula, por breves instantes. O mar não fugiu.

Domingo, grandes caminhadas com bolo de chocolate no fim de um dos percursos, numa casa de chá em frente ao mar.

Segunda e Terça, ao fim do dia, inebriei-me com o cheiro a humidade, com o peso das nuvens de chumbo e violeta, a temperatura amena da chuva.

Agora é o domínio do azul e do calor.

Apesar do pouco apetite, passo grande parte do tempo a pensar em comida, sobretudo, em novas modalidades de velhas sobremesas.

A partir dos doze anos, gostava de experimentar receitas, principalmente de doces. Por vezes, fazia directas a testar novos bolos, pudins e outras tentações de açúcar. Como a produção era muita, no dia seguinte convidava as vizinhas para o lanche, no intuito de submeter os resultados à sua apreciação e esvaziar o frigorífico.

Organizava dossiers com recortes de receitas retiradas das revistas que a minha mãe tinha por hábito adquirir, Burda, Cláudia, Modes et Travaux,Doce Lar, entre outras. Para além de consultar as revistas da especialidade, bem assim como os livros, tipo O Mestre Cozinheiro, considerado um clássico, na altura. Mas, a coleção de 48 revistas intitulada: "Curso Internacional de Cozinha Prático Ilustrado" da autoria do Chefe Pol Martin, publicada em 1983 em Lisboa, pela Meribérica, ainda hoje me encanta.

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