O Mito de Orfeu (4) Sob o Signo de Orfeu

De Helena para Helena.

Esta história "exemplar" é, em certo aspecto, a do controverso poder da criatividade da Arte, resumindo de uma forma sintética e profundamente bela algo que procuramos dizer por uma via analítico-discursva. Orfeu é o artista, o criador por excelência. A sua vida é marcada por esse sentido estético-lúdico que apazigua os Homens e impressiona os deuses, assinalando-se nesta singular imagem a dimensão ética e prática dos objectos estéticos enquanto passíveis, à sua maneira, de transformarem comportamentos e atitudes, de fazerem irromper aqui e além a possibilidade dum mundo-outro, num tempo-outro.

Levi Malho, O Signo de Orfeu, Requiem por uma Estética Insular, (Porto, Edições Afrontamento, 1984), pp. 314-315.

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