Antero de Quental, tópicos sobre a obra : Tendências Gerais da Filosofia na Segunda Metade do Século XIX
I Capítulo
Na primeira parte do ensaio Antero após relevar o papel fulcral da dúvida na reflexão filosófica, (1) definiu a filosofia como "(...) a equação do pensamento e da realidade, numa dada fase do desenvolvimento daquele e num dado período do desenvolvimento desta (...)"(2) Antero realçou a correspondência entre o pensamento filosófico e o momento histórico em que surge defendendo a relatividade histórica da verdade. (3) Os variados sistemas coetâneos, parecem irredutíveis entre si, verificando-se, contudo entre eles "um certo ar de família"(4), pois todos eles radicam no mesmo substrato histórico-cultural. Antero exemplificou esta concepção apresentando a sucessão dos diversos tipos de compreensão da realidade. (5) Segundo ele, todos estariam representados no Renascimento: o idealista, o espiritualista, o panteísta e o materialista. Considera também que se iniciou nessa época o processo de enfraquecimento do espírito de sistema dogmático e rígido e o desenvolvimento do criticismo. (6) Circunstância que possibilitou uma espécie de osmose entre os diferentes sistemas filosóficos e entre eles e as ciências. Desta interacção teria resultado a peculiar atmosfera intelectual e psicológica do mundo moderno. (7) Surgiram em tal atmosfera as noções fundamentais de força, de lei, de imanência ou espontaneidade e de desenvolvimento. Seria por elas que o pensamento moderno se distinguiria do antigo. (8)
(1) Antero de Quental, Tendências da Filosofia na Segunda Metade do Século XIX, Lisboa, Lisboa Editora, 1997,42.
(2) Antero de Quental, Tendências da Filosofia na Segunda Metade do Século XIX, Lisboa, Lisboa Editora,1997, p.43.
(3) Antero de Quental, op.cit.,p.43
(4) Antero de Quental, op.cit.,p.44.
(5) Antero de Quental, op.cit.,pp.43,44 e 45. Antero também questiona acerca da possibilidade de fazer uma síntese do pensamento moderno ou ater-se ao sincretismo.
(6) Antero de Quental, op.cit.,pp.46-47 .1t. 5"0.
(7) Antero de Quental, op.cit.,pp.47-48.
(8) Antero de Quental, op.cit.,pp.48-49.
I Capítulo
Na primeira parte do ensaio Antero após relevar o papel fulcral da dúvida na reflexão filosófica, (1) definiu a filosofia como "(...) a equação do pensamento e da realidade, numa dada fase do desenvolvimento daquele e num dado período do desenvolvimento desta (...)"(2) Antero realçou a correspondência entre o pensamento filosófico e o momento histórico em que surge defendendo a relatividade histórica da verdade. (3) Os variados sistemas coetâneos, parecem irredutíveis entre si, verificando-se, contudo entre eles "um certo ar de família"(4), pois todos eles radicam no mesmo substrato histórico-cultural. Antero exemplificou esta concepção apresentando a sucessão dos diversos tipos de compreensão da realidade. (5) Segundo ele, todos estariam representados no Renascimento: o idealista, o espiritualista, o panteísta e o materialista. Considera também que se iniciou nessa época o processo de enfraquecimento do espírito de sistema dogmático e rígido e o desenvolvimento do criticismo. (6) Circunstância que possibilitou uma espécie de osmose entre os diferentes sistemas filosóficos e entre eles e as ciências. Desta interacção teria resultado a peculiar atmosfera intelectual e psicológica do mundo moderno. (7) Surgiram em tal atmosfera as noções fundamentais de força, de lei, de imanência ou espontaneidade e de desenvolvimento. Seria por elas que o pensamento moderno se distinguiria do antigo. (8)
(1) Antero de Quental, Tendências da Filosofia na Segunda Metade do Século XIX, Lisboa, Lisboa Editora, 1997,42.
(2) Antero de Quental, Tendências da Filosofia na Segunda Metade do Século XIX, Lisboa, Lisboa Editora,1997, p.43.
(3) Antero de Quental, op.cit.,p.43
(4) Antero de Quental, op.cit.,p.44.
(5) Antero de Quental, op.cit.,pp.43,44 e 45. Antero também questiona acerca da possibilidade de fazer uma síntese do pensamento moderno ou ater-se ao sincretismo.
(6) Antero de Quental, op.cit.,pp.46-47 .1t. 5"0.
(7) Antero de Quental, op.cit.,pp.47-48.
(8) Antero de Quental, op.cit.,pp.48-49.
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