Provocações - Da Sexualidade
"A sexualidade, sempre tão importante para mim - e continua a ser - cada vez me parece mais vazia de sentido quando não há outro modo de diálogo e de encontro, embora seja muito difícil resistir ao desejo imediato." António Lobo Antunes, Entrevista ao Diário de Notícias de 9/11/2004, p.2.
Que me desculpe o António Lobo Antunes, mas a sexualidade tem sentido em si mesma, e não estou a falar dos imperativos da reprodução.
A sexualidade é antes de tudo satisfação do desejo, como se afirma, aliás, na última frase. O cerne do problema reside na sua hipervalorização. Espera-se da sexualidade o que ela não pode dar. Uns procuram no sexo o paraíso perdido, outros atribuem-lhe a causa de todos os males, outros fazem dela um instrumento de poder e de manipulação.
É evidente que a sexualidade é uma fonte de gratificação e de prazer ou um instrumento de sofrimento e humilhação. Pode ser uma forma de de comunhão entre pessoas que se amam, quiçá um meio de união ao cosmos, uma forma de conhecimento, uma experiência mística... mas porque razão se há-de esperar de cada acto sexual uma revelação?
"A sexualidade, sempre tão importante para mim - e continua a ser - cada vez me parece mais vazia de sentido quando não há outro modo de diálogo e de encontro, embora seja muito difícil resistir ao desejo imediato." António Lobo Antunes, Entrevista ao Diário de Notícias de 9/11/2004, p.2.
Que me desculpe o António Lobo Antunes, mas a sexualidade tem sentido em si mesma, e não estou a falar dos imperativos da reprodução.
A sexualidade é antes de tudo satisfação do desejo, como se afirma, aliás, na última frase. O cerne do problema reside na sua hipervalorização. Espera-se da sexualidade o que ela não pode dar. Uns procuram no sexo o paraíso perdido, outros atribuem-lhe a causa de todos os males, outros fazem dela um instrumento de poder e de manipulação.
É evidente que a sexualidade é uma fonte de gratificação e de prazer ou um instrumento de sofrimento e humilhação. Pode ser uma forma de de comunhão entre pessoas que se amam, quiçá um meio de união ao cosmos, uma forma de conhecimento, uma experiência mística... mas porque razão se há-de esperar de cada acto sexual uma revelação?
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