Da Morte (21)
Encerro este primeiro ciclo sobre a morte com um agradecimento, muito sentido, à Soledade pela Dedicatória e pelo poema de Manuel Bandeira:
PREPARAÇÃO PARA A MORTE
A vida é um milagre.
Cada flor,
Com sua forma, sua cor, seu aroma,
Cada flor é um milagre.
Cada pássaro,
Com sua plumagem, seu vôo, seu canto,
Cada pássaro é um milagre.
O espaço, infinito,
é um milagre.
O tempo, infinito,
O tempo é um milagre.
A memória é um milagre.
Tudo é milagre.
Tudo, menos a morte.
– Bendita a morte, que é o fim de todos os milagres.
Manuel Bandeira, Estrela da Tarde, in Estrela da Vida Inteira, Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1993
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