O Papel das Mulheres na História da Psicanálise (3)

Karen Horney (1885-1952) foi uma célebre psiquiatra e psicanalista americana que se tornou conhecida, sobretudo, por desde muito cedo, ter posto em causa algumas das teorias de Freud, e em particular, a da líbido, uma vez que as suas observações clínicas contradiziam as teses do pai da psicanálise. Karen opôs-se à explicação falocêntrica freudiana das psicologias feminina e masculina. Em seu entender, as causas das disfunções psíquicas não se limitariam às motivações de natureza pulsional uma vez que o papel das determinates sociais e parentais seria fundamental. Por fim, acabou por abandonar a teoria psicanalítica clássica de uma sexualidade infantil e inconsciente.
Questões como a existência ou não de uma sexualidade especificamente feminina; a validade da tese do masoquismo feminino, ou o que se entende pelo conceito de "mãe viril," entre outras, foram abordadas por Karen Horney a propósito da psicologia feminina.
Karen Horney contestou, com dureza, a teoria do masoquismo feminino defendida por Hélène Deutsch, fiel discípula de Freud.

Bibliografia provisória:

Karen Horney, La Psychologie de la Femme, (Paris, Payot, 2002).
Janet Sayers, Les Mères de la Psychanalyse, (Paris, PUF, 1995).

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