Viagens
Lembro-me, com gosto, das viagens de barco entre Ponta Delgada e Lisboa. Eram bem mais emocionantes do que as de avião. Por vezes, o rigor das tempestades impedia-nos de sair dos camarotes. Mas, na maior parte do tempo, nós as crianças percorriamos o barco, a bisbilhotar tudo. Os passageiros que descansavam no convés não achavam muita graça às nossas correrias loucas. Tudo a bordo se tornava motivo de curiosidade e prazer, as refeições, os banhos na piscina. Outra actividade de grande interesse consistia em espreitar para o salão de baile e para a sala de cinema, uma vez que a nossa tenra idade não nos permitia frequentar aqueles espaços.
A beleza da chegada ao estuário do Tejo, primeiro o voo das gaivotas, depois avistava-se a Torre de Belém...
Adolescente sentada na avenida marginal olhava a doca de Ponta Delgada e sonhava com outras praias e gentes, outros poentes diferentes. Só sabia olhar, ver o mar que me dava notícias do mundo.
Lembro-me, com gosto, das viagens de barco entre Ponta Delgada e Lisboa. Eram bem mais emocionantes do que as de avião. Por vezes, o rigor das tempestades impedia-nos de sair dos camarotes. Mas, na maior parte do tempo, nós as crianças percorriamos o barco, a bisbilhotar tudo. Os passageiros que descansavam no convés não achavam muita graça às nossas correrias loucas. Tudo a bordo se tornava motivo de curiosidade e prazer, as refeições, os banhos na piscina. Outra actividade de grande interesse consistia em espreitar para o salão de baile e para a sala de cinema, uma vez que a nossa tenra idade não nos permitia frequentar aqueles espaços.
A beleza da chegada ao estuário do Tejo, primeiro o voo das gaivotas, depois avistava-se a Torre de Belém...
Adolescente sentada na avenida marginal olhava a doca de Ponta Delgada e sonhava com outras praias e gentes, outros poentes diferentes. Só sabia olhar, ver o mar que me dava notícias do mundo.
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