Aconitum napellus
Ontem evoquei a contemplação de um azevinho mágico, em Covadonga. Agora recordo a primeira vez que vi - no mesmo local perto dos lagos, no meio de uma manada de vacas cobertas de excrementos - acónitos, da variedade aconitum napellus, verdadeiros acónitos, em seiva, corolas, folhas e caules, e não simulacros em ilustrações ou fotografias.
Os momentos de descoberta e fruição de determinadas espécies do reino vegetal despertam-me estranhas emoções, como se houvesse um liame entre uma parte do que eu sou e o ser de tais plantas. E devo salientar que não tenho por hábito manter conversas com as plantas que cultivo em casa.
Lembro-me, ainda, que durante este passeio de Verão fui brindada com muitas e felizes surpresas no campo da observação botânica. (Próximos do azevinho folhas e flores já secas de helleborus niger, a célebre rosa do Natal do conto "A Lenda da Rosa do Natal" de Selma Lagerlöf.

helleborus niger
Junto à esplanada do Hostal solanum dulcamara, doce-amarga em flor ...)
solanum dulcamara
Aqui mesmo, perto de casa, nos campos de Montemor-o-Novo o arum maculatum, jarro dos campos,
e o estramónio, datura stramonium, são muito comuns e, numa herdade em São Cristovão encontrei aristolochia clematitisruta graveolens e ruta graveolens, arruda,
e tantos outros exemplares de remédios/venenos naturais.

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