Confidências e desabafos de Savarin (2)

Aforismo do dia: “Os doces são como os espíritos, não ocupam espaço.” Dona Maria da Glória Couto, mãe de um sacerdote católico

Gemadas Sublimes

Em criança praticava o ritual da gemada, separava com minúcia as gemas das claras, as gemas deveriam ficar sem um vestígio de viscosidade. Adicionava-lhes açúcar q.b., batia a mistura até ficar espumosa e amarelo pálido. Por último, barrava pedaços de pão com este creme, que degustava deleitado.
Mais tarde, descobri formas mais sofisticadas de usar as gemas e o açúcar. Conheci a original doçaria conventual portuguesa e os estonteantes pudins de ovos, entre eles o de Coimbra. Iguaria untuosa e indigesta, mas sublime!

Segue a receita para quem não tiver receio de experimentar:

Pudim de ovos de Coimbra

500 gr de açúcar
250 ml de água
16 gemas de ovos
25 gr de manteiga

Põe-se o açúcar ao lume até ter ponto de pasta fraco. Quando momo, juntam-se as gemas ligeiramente batidas com a manteiga derretida. Vaza-se a mistura para uma forma untada com manteiga e leva-se ao forno a cozer. Só se desenforma depois de frio.

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