Elegia às flores silvestres


Ao compasso do vento,
dancei o tango de uma ilusão,
tecida com as flores silvestres,
com que me adornaste.

Ao ribombar da trovoada, mergulhei, 
nas  ondas onde me amaste,
aí capturei os poemas perdidos.
Ao sabor da chuva,  
com ambrósia, fiz um brinde.
À luz dos relâmpagos, arderam todas as velas, 
como quem festeja  uma efeméride -
que nunca logrou celebração.

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