Impressões Dispersas sobre um Colóquio (2)

A primeira parte da conferência do Professor Hanns-Werner Heister abrangeu as inovações e revoluções musicais antes e depois de 1905 atonalidade e proto-serialismo: a escola de Schönberg, Cowell, Skrjabin; o prncípio futurista da "montage": Charles Ives, Stravinsky; a micro-tonalidade, eentre outras correntes e compositores. Focou também as polémicas entre universalismo/relativismo versus eurocentrismo, na música e nas outras artes, mencionando os ismos da época: Fauvismo, Expressionismo, Cubismo, Construtivismo, Futurismo.

Numa segunda parte, centrou-se nas relações isomórficas entre a Música e a Revolução Técnica e Científica. Neste sentido, referiu-se à repercussão das inovações emergentes nas áreas da aeronáutica, ao automóvel, aos media: fonógrafo, gramofone, ao cinema, vide "Ich fühle Luft von anderem Planeten", Schönberg op.10.
Também aludiu à concepção de Schönberg do compositor como um "sismógrafo do Inconsciente". Destacou ainda a alteração da cosmovisão decorrente do surgimento das geometrias não-euclidianas, da física quântiica e relativista, e a sua ligação com as novas teorias musicais.
Por último, dissertou acerca do problema da noção de Progresso na História, em particular na História da Música.

Uma comunicação que apreciei, particularmente, foi a proferida por José Luís Câmara Leme sobre o conceito de Experiência em Walter Benjamin.

(Continua)

Comentários

Mensagens populares