"Desfolhar e trincar rosas" de Fantin-Latour



As Rosas

Quando à noite desfolho e trinco as rosas
É como se prendesse entre os meus dentes
Todo o luar das noites transparentes,
Todo o fulgor das tarde luminosas,
O vento bailador das Primaveras,
A doçura amarga dos poentes,
E a exaltação de todas as esperas.







Sophia de Mello Breyner Andresen, Dia do Mar, (Lisboa, Ática, 1947).




Fantin Latour, Roses dans un petit pot de verre, (1892)

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