Einstein, Bergson (1859-1941), e as divergências sobre o tempo

A relatividade restrita prevê o fenómeno da dilatação do tempo. Assim, ao observarmos a partir de um sistema fixo, um sistema de referência inercial que se desloque a alta velocidade, verificaremos que neste, o tempo se passa mais devagar. Mas, enquanto na relatividade restrita o fenómeno da dilatação do tempo é simétrico entre os dois sistemas de referência, tal simetria não se observa na relatividade geral, paradoxo dos gémeos. O decorrer do tempo diminui no sistema móvel. Os comprimentos e os intervalos de tempo são relativos, isto é dependem do referencial. O tempo passa no sistema móvel, a um ritmo que é aproximadamente metade em relação ao do sistema fíxo.
A teoria da relatividade restrita credita a ideia de tempos múltiplos escoando-se com maior ou menor rapidez. Esta concepção foi contestada por Bergson filósofo contemporâneo de Einstein. Bergson tentou mostrar que as deformações do espaço e do tempo na teoria da relatividade restrita não passam de puras aparências. De acordo com este filósofo o tempo filosófico fundamentava, na realidade, o tempo físico. Para o filósofo francês o tempo do físico, o tempo que é quantificado pressupõe uma "duração universal" enquanto extensão da duração dos objectos que nos rodeiam.
Einstein considerou vã a tentativa bergsoniana de demonstrar que a simultaneidade física pressupõe a simultaneidade psicológica...


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